quarta-feira, dezembro 19, 2007

Vereador Bruno Vitorino pronuncia-se sobre PIDDAC 2008

Em conferência de imprensa, realizada segunda-feira, o vereador Bruno Vitorino considerou que o PIDDAC de 2008 é o "pior de sempre", ao que acusou o primeiro-ministro, José Sócrates, de empobrecer o distrito de Setúbal “e empobrecer o Barreiro”. E utilizando a expressão de “partidarismo de orçamento”, sublinhou: “O Barreiro não pode continuar a ser prejudicado pelo Governos do Partido Socialista, por ter escolhido uma cor diferente para a autarquia”.

PIDDAC 2008 – “o pior dos piores”

Partindo da opinião de que “o primeiro-ministro, José Sócrates, está a empobrecer o distrito de Setúbal e a empobrecer o Barreiro”, o vereador social-democrata Bruno Vitorino fez menção ao Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para Setúbal, ao que considerou ser “o pior dos piores”, falando de um corte de cerca de 30 por cento no investimento público, no distrito, face a 2007 e de 57 por cento, face a 2005, e comentou: “no ano passado tinha dito que o Orçamento de Estado para o distrito de Setúbal e para o Barreiro era o pior de todos, enganei-me, este consegue ser muito pior do que o anterior”. Situação que caracteriza como uma: “gritante falta de investimento, cortes atrás de cortes”.

“O concelho do Barreiro é penalizado por falta de investimento”

Sublinhou a redução do PIDDAC per capita no distrito, que diz ter passado dos 277 euros em 2005, para 117 euros em 2008, uma redução que considera “injusta e escandalosa” e fundamenta: “tendo em conta que o distrito de Setúbal é dos que mais tem contribuído, quer através das famílias, quer das empresas, para o aumento das receitas do Estado, através da cobrança de impostos”. E acrescentou que o distrito é “dos mais penalizados em termos sociais”, fazendo menção aos elevados índices de desemprego “superiores à média nacional”. Quanto ao PIDDAC per capita no Barreiro, diz ser de 30 euros, o que o leva a considerar: “o concelho do Barreiro é penalizado por falta de investimento”.

As “questões eternamente adiadas” – Centro de Saúde de Santo António, Pavilhão Desportivo da Quinta da Lomba e nova Divisão da PSP

Fez referência à área da saúde, onde diz haver “preocupações gritantes e onde os investimentos são reduzidos drasticamente”. E lançando a crítica: “Este Governo nem se dignou a completar o que vinha de Orçamentos de Estado anteriores e que, ao nível da administração central, estavam em fases adiantadas”, fez menção ao que diz ser as “questões eternamente adiadas” no Barreiro, referindo-se ao Centro de Saúde de Santo António da Charneca “que tinha verbas em PIDDAC, que tinha o projecto concluído e redimensionado para as realidades actuais e que, neste momento, simplesmente desapareceu”, ao Pavilhão Desportivo da Escola Básica 2+3 da Quinta da Lomba, sobre o qual comentou: “neste momento não há verba prevista”, assim como para a nova Divisão da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Vereador critica existência de portagens no IP8 e CRIPS

A respeito das acessibilidades, lembrou os atrasos com os projectos do IP8 e da CRIPS e criticou a criação de portagens nessas vias: “dos poucos investimentos que vão ser feitos, numa área tão fundamental, como a das acessibilidades, nós vamos ter de os pagar fortemente”.

“Nota-se claramente que o Barreiro volta a ser discriminado”

Ao comentar: “Nota-se claramente que o Barreiro volta a ser discriminado”, o vereador acusa o partido socialista de “partidarizar os investimentos”, ao que prossegue: “É o segundo ano consecutivo em que não há uma única obra nova a ser lançada no concelho” e acrescenta que as verbas do orçamento de 2008 contemplam projectos lançados quando o Partido Social-democrata estava no Governo, destacando a intervenção do Programa Polis e os arranjos do edifício da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro.

Desafio aos responsáveis do PS a pronunciarem-se sobre PIDDAC

O presidente da distrital do PSD de Setúbal, fez questão ainda em sublinhar que sempre assumiu os diferentes orçamentos, “mesmo quando eram do meu governo”, o que diz ser uma obrigação que cabe a “todos os eleitos” e, nesse sentido, desafiou os responsáveis do Partido Socialista a pronunciarem-se sobre o assunto, ao que comentou: “lembro-me de ver, quando estavam na oposição, a falarem de investimentos, ou da falta de investimentos, para o distrito de Setúbal, mas não ouço nenhum deles a falar desta mesma realidade quando são governo”. E perante o que diz ser “um silêncio total de todos os dirigentes e particularmente dos que mais responsabilidade têm”, deixou o repto: “ Gostava de saber o que o secretário de Estado, Eduardo Cabrita, pensa sobre estas questões.”

In Jornal "Rostos"