Afinal sempre havia solução para o Mercado
De extinto a renascido das cinzas. Assim se poderia resumir a história do Mercado de Levante.
Da extinção anunciada e votada em sessão de Câmara, onde apenas existiu um voto contra – o meu, a uma inauguração pública com pompa e circunstância de um novo espaço.
O mercado nunca poderia ser extinto assim, sem alternativas, como foi a decisão inicial, pois esta é uma actividade económica com tradição no Barreiro que urge preservar.
Compreendi e compreendo a necessidade do proprietário do terreno da Verderena de rescindir o contrato de cedência temporária, competindo à autarquia encontrar uma solução alternativa a essa localização do Mercado, o que não foi inicialmente acautelado.
Em reunião de Câmara, manifestei a minha discordância em relação à metodologia proposta de simplesmente acabar com o Mercado, propondo antes uma suspensão, até serem avaliadas todas as alternativas. Não decidiram assim.
Propus também a constituição de uma comissão para avaliar a situação e procurar terrenos alternativos, composta por representantes de utentes, vendedores e CMB. Tal proposta também não foi aceite, quer pela CDU quer pelo PS.
O PSD sempre discordou da metodologia proposta de simplesmente acabar com o Mercado, defendendo a salvaguarda dos postos de trabalho.
Não deixa ser irónico é que, passado pouco tempo, não só se começaram a estudar alternativas como esse trabalho foi feito em conjunto com os vendedores e com a CMB.
A arrogância de quem tem garantida uma maioria na votação, acusando a minha proposta de ser demagógica, teve que aceitar um recuo em toda a linha. Isto prova mais uma vez que a CDU deve ouvir a população e a oposição, sobretudo aquela que tem uma posição crítica no sentido de construir hoje um melhor Barreiro amanhã. Se tivessem tido em conta a minha proposta, evitava-se todo um conjunto de constrangimentos, bem como todo o tempo que se perdeu.
Irónica também foi a atitude dos eleitos socialistas, que procuraram tirar dividendos políticos de uma decisão com a qual também pactuaram. Não nos podemos esquecer que três vereadores do PS se abstiveram e outro vereador eleito pelo Partido Socialista votou a favor da extinção do mercado. Bastaria estes vereadores terem uma posição semelhante à minha que esta proposta seria chumbada. Assim não o quiseram.
Na política, como em tudo na vida é preciso memória e bom senso. Neste caso, os eleitos socialistas tanto na CMB como na Assembleia Municipal tentaram aproveitar-se de uma situação bastante delicada para os vendedores do mercado, assim como para os restantes barreirenses, tentando usar este processo de forma demagógica.
Não creio que seja esta a forma de estar na política, que infelizmente o PS nos vem habituando, que trará algo de novo ao Barreiro e aos Barreirenses.
Mas o que afinal interessa, é que, apesar de todas as hesitações e dos retrocessos nesta questão, o mercado continua, agora noutro local, a fazer parte da vida do concelho.
Ganharam os barreirenses e o Barreiro.
Não posso deixar de fazer uma referência à postura dos vendedores do mercado em todo este processo. Foi uma grande lição de civismo e cidadania, sem contestação pública, sem alaridos. Com diplomacia e respeito, assente no diálogo, os vendedores conseguiram uma vitória.
Afinal, sempre havia uma solução para o Mercado!
Bruno Vitorino
(Artigo de opinião publicado no Jornal "Notícias do Barreiro")
Da extinção anunciada e votada em sessão de Câmara, onde apenas existiu um voto contra – o meu, a uma inauguração pública com pompa e circunstância de um novo espaço.
O mercado nunca poderia ser extinto assim, sem alternativas, como foi a decisão inicial, pois esta é uma actividade económica com tradição no Barreiro que urge preservar.
Compreendi e compreendo a necessidade do proprietário do terreno da Verderena de rescindir o contrato de cedência temporária, competindo à autarquia encontrar uma solução alternativa a essa localização do Mercado, o que não foi inicialmente acautelado.
Em reunião de Câmara, manifestei a minha discordância em relação à metodologia proposta de simplesmente acabar com o Mercado, propondo antes uma suspensão, até serem avaliadas todas as alternativas. Não decidiram assim.
Propus também a constituição de uma comissão para avaliar a situação e procurar terrenos alternativos, composta por representantes de utentes, vendedores e CMB. Tal proposta também não foi aceite, quer pela CDU quer pelo PS.
O PSD sempre discordou da metodologia proposta de simplesmente acabar com o Mercado, defendendo a salvaguarda dos postos de trabalho.
Não deixa ser irónico é que, passado pouco tempo, não só se começaram a estudar alternativas como esse trabalho foi feito em conjunto com os vendedores e com a CMB.
A arrogância de quem tem garantida uma maioria na votação, acusando a minha proposta de ser demagógica, teve que aceitar um recuo em toda a linha. Isto prova mais uma vez que a CDU deve ouvir a população e a oposição, sobretudo aquela que tem uma posição crítica no sentido de construir hoje um melhor Barreiro amanhã. Se tivessem tido em conta a minha proposta, evitava-se todo um conjunto de constrangimentos, bem como todo o tempo que se perdeu.
Irónica também foi a atitude dos eleitos socialistas, que procuraram tirar dividendos políticos de uma decisão com a qual também pactuaram. Não nos podemos esquecer que três vereadores do PS se abstiveram e outro vereador eleito pelo Partido Socialista votou a favor da extinção do mercado. Bastaria estes vereadores terem uma posição semelhante à minha que esta proposta seria chumbada. Assim não o quiseram.
Na política, como em tudo na vida é preciso memória e bom senso. Neste caso, os eleitos socialistas tanto na CMB como na Assembleia Municipal tentaram aproveitar-se de uma situação bastante delicada para os vendedores do mercado, assim como para os restantes barreirenses, tentando usar este processo de forma demagógica.
Não creio que seja esta a forma de estar na política, que infelizmente o PS nos vem habituando, que trará algo de novo ao Barreiro e aos Barreirenses.
Mas o que afinal interessa, é que, apesar de todas as hesitações e dos retrocessos nesta questão, o mercado continua, agora noutro local, a fazer parte da vida do concelho.
Ganharam os barreirenses e o Barreiro.
Não posso deixar de fazer uma referência à postura dos vendedores do mercado em todo este processo. Foi uma grande lição de civismo e cidadania, sem contestação pública, sem alaridos. Com diplomacia e respeito, assente no diálogo, os vendedores conseguiram uma vitória.
Afinal, sempre havia uma solução para o Mercado!
Bruno Vitorino
(Artigo de opinião publicado no Jornal "Notícias do Barreiro")
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