quarta-feira, julho 15, 2009

Apresentação do Livro "Machada – Entre a Cidade e a Fábrica”



No decorrer do lançamento do livro “Machada – Entre a Cidade e a Fábrica”, foi assinado um protocolo com as duas corporações de Bombeiros do concelho do Barreiro, através do qual as duas instituições ficam portadoras de 200 exemplares do livro, cada, para venderem ao preço de 12 euros, revertendo essa verba para financiar as suas actividades.
Por essa razão, a partir de hoje, poderá adquirir a obra “Machada – Entre a Cidade e a Fábrica”, dirigindo- se aos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, ou aos Bombeiros Voluntários do Barreiro.

Gestão da Mata da Machada pela Câmara Municipal do Barreiro

Bruno Vitorino, vereador do Ambiente, referiu que ao longo do mandato foi desenvolvido um trabalho nesta área com o objectivo de promover uma dinâmica de “estratégia integrada”, que passou pela implementação da S.energia, a conclusão do Plano Municipal do Ambiente, as acções realizadas na Mata da Machada e no Sapal de Coina.
O autarca recordou que a Mata da Machada corresponde a uma área de 380 hectares, sendo “o património natural mais rico que temos no concelho”.
“A população do Barreiro tem vindo a descobrir a Mata da Machada” – disse, contribuindo para tal a realização de eventos como a “Machada em Família”, ou as actividades do Centro de Educação Ambiental que durante um ano recebe a visita de mais de 1500 crianças.
Bruno Vitorino, não o disse, mas estava escrito no texto projectado, durante a sua intervenção, que devia ser assumida a gestão da Mata da Machada pela Câmara Municipal do Barreiro.

Estado não assume as suas responsabilidades

Bruno Vitorino salientou que o livro editado, “Machada – Entre a Cidade e a Fábrica”, é um “livro de prestígio” para promover a Mata da Machada para além do concelho.
Defendeu a importância deste espaço natural do concelho e criticou o Estado porque “não assume as suas responsabilidades” em relação à Mata da Machada.
No entanto, o autarca, reconheceu o empenhamento dos técnicos que exercem funções naquele espaço que é o pulmão do concelho do Barreiro.

Mata da Machada não deve estar fechada

Paulo Caetano, autor do texto do livro, reconheceu que este “foi um grande desafio” de descoberta da Mata da Machada, desde os seus Fornos de Cerâmica, passando pelos Fornos de Vale de Zebro, sublinhando que a Mata é “um exemplo que a actividade humana é compatível com a preservação da natureza”.
Referiu que a Mata da Machada não deve estar fechada e deve estará aberta a actividade – “tem que ter vida humana, porque a mata só faz sentido com as pessoas lá dentro, pessoas que a respeitem”.
Joaquim Pedro Ferreira, fotógrafo, referiu que descobrir a Mata da Machada foi “uma surpresa”.

Um património que foi preservado ao longo de muitas gerações

Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, defendeu que é preciso dar “passos seguros na área ambiental”, associando o falar a acções concretas.
“Demos passos significativos” – disse, acrescentando que a área do Ambiente terá que ser cada vez mais interdisciplinar e cruzar-se com todas as áreas da autarquia.
O presidente da Câmara Municipal do Barreiro, referiu que a edição deste livro permitia estabelecer uma ponte entre os temas do ambiente, solidariedade, segurança e património – “todos na defesa de uma coisa que lhes é comum”.
Recordou que a Mata da Machada é um património que foi preservado ao longo de muitas gerações, ao longo de séculos.

Uma obra de qualidade que prestigia o Barreiro

Sobre o livro. É uma obra composta por quatro capítulos, no primeiro com uma abordagem de “uma história de cinco séculos”.
No segundo, um encontro com o “oásis da natureza” – “uma mata mesclada de verdes e castanhos”.
No terceiro capítulo, um viagem por –“um sapal rasgado pelo voo das aves”
A fechar, um encontro com o “ruído dos passos” – “um pinhal moldado pelo homem”.
Excelentes fotografias. Uma obra de qualidade que prestigia o Barreiro e valoriza o seu património natural.

Texto e Foto: Jornal "Rostos"