quinta-feira, janeiro 17, 2008

Vereadores PS fogem a discussão pública com Vereador Bruno Vitorino

Os vereadores eleitos pelo PS escusaram-se ontem, em sessão de Câmara Pública, a debater a questão do loteamento contíguo à Mata da Machada com o vereador Bruno Vitorino, após ter lançado um desafio para se discutir este tema publicamente.

O vereador social-democrata expressou a sua estranheza pelo facto dos eleitos do PS no executivo municipal não quererem debater este tema na sua presença. “Lamento que a atitude dos vereadores do PS seja esta. Quando estive ausente, por estar de férias, direito a que qualquer pessoa tem, pediram explicações e disseram inverdades, que reiteraram num comunicado tornado público. Agora que estou aqui, pronto a debater esta questão, não dizem nada”.

Bruno Vitorino disse ainda estar preparado para discutir este assunto quando os vereadores socialistas quiserem.

Nova Ponte: Sim!!! Mas…

O anúncio de que a ponte Barreiro-Chelas vai ser construída com as vertentes ferroviária e rodoviária veio de encontro às minhas expectativas, bem como, julgo da grande maioria da população. Foi uma decisão acertada por parte do Governo, e é aquela que melhor serve o nosso Concelho e a Região.

Ao longo dos últimos anos, sempre defendi que a nova ponte deveria ter as duas componentes, tendo inclusive apresentado alguns documentos sobre este tema, o último dos quais uma moção, em Abril de 2007, em sessão pública de câmara, que defendia esta solução.

Estou muito satisfeito pela decisão agora tomada e, não sofrendo da “partidarite aguda” de outros, não me custa rigorosamente nada congratular-me com esta decisão do Governo relativamente a algo que, há muito, defendo.

Este investimento é um factor de desenvolvimento para o concelho e para a região. A prazo, será factor de crescimento, e poderá ser, se outras apostas forem feitas, um factor de desenvolvimento. Em conjunto com a construção da terceira travessia são necessários outros investimentos.

A construção da nova ponte, potenciando desde já o crescimento demográfico, tem de ser acompanhado de outros investimentos em áreas sectoriais, como a educação, a saúde e o emprego. Será essa a diferença entre o crescimento – que tenho como adquirido – e o desenvolvimento, que temos de alcançar. Só com uma política adequada se poderá desenvolver o território, aumentando a qualidade de vida de quem já cá habita.

Não retirando a importância, a prazo, da decisão que espero ser definitiva, a construção da terceira travessia sobre o Tejo não resolve por si só os problemas que o concelho e o distrito apresentam, face ao fraco investimento que tem vindo a ser feito por parte do poder central. Relembro que, com este Governo, os cortes do investimento público por parte do Estado foram superiores a 50 %, em apenas 3 anos.

Ao nível das acessibilidades, o desenvolvimento do Barreiro passa também pela construção de uma outra ponte, não tão grande, nem tão dispendiosa, mas indispensável. Falo da ponte entre o Barreiro e o Seixal. Tal investimento é importante para a ligação entre si dos concelhos da península de Setúbal, para o desenvolvimento social e empresarial da região, para aumentar a vida própria dos concelhos e diminuir a sua dependência face a Lisboa.

Juntamente com uma política adequada de desenvolvimento e com a futura ligação ao Seixal, a nova ponte sobre o Tejo vai permitir, para além de uma ligação mais rápida à capital, o desenvolvimento do território e a afirmação do Barreiro na Península de Setúbal e na AML.

A ponte Barreiro-Chelas é importante para o desenvolvimento do concelho e da região, mas se juntamente com ela não vierem outros investimentos, dificilmente poderemos atingir a qualidade de vida que ambicionamos para o Barreiro e para os barreirenses.
Só assim se poderá garantir um futuro socialmente justo e ambientalmente sustentado.

Bruno Vitorino
(Artigo de opinião publicado no Jornal "Notícias do Barreiro")