No período antes da Ordem do Dia, o Vereador Bruno Vitorino sublinhou que compreende os motivos que levaram à greve da função pública, manifestando a sua solidariedade com os trabalhadores, afirmando ainda que o direito à greve é um direito alienável. Bruno Vitorino disse que, por uma questão de princípio, sempre defendeu o direito ao trabalho.
O Vereador defendeu que a Câmara Municipal do Barreiro deverá assegurar sempre a livre escolha dos trabalhadores à greve ou a trabalharem em dia de greve.
O Vereador Bruno Vitorino alertou também para a falta de estacionamento na Urbanização dos Lóios, na freguesia do Lavradio. Esta questão está a ser agravada pela construção de novos prédios nesse local. Perguntou também se os imóveis que estão a ser construídos cumprem o PDM.
Ainda no período antes da Ordem do Dia, Bruno Vitorino apresentou um documento, que se reproduz na íntegra, no qual exprimia a sua preocupação sobre o estado de degradação em que se encontram os Moinhos de Alburrica, um dos ex-líbris do concelho do Barreiro.
“O Moinhos de Alburrica fazem parte do património histórico-cultural e da identidade do Barreiro e dos barreirenses.
Os Moinhos de Vento de Alburrica são o ex-líbris do concelho e um ponto de referência para todos os barreirenses, tendo inclusivamente lugar de destaque no logótipo do município do Barreiro;
É necessária uma intervenção urgente e imediata nos dois moinhos pequenos de vento (nascente e poente), sob pena do Barreiro perder este importante património.
Em apenas 30 dias, as fundações destes dois moinhos ficaram à vista, estando já em colapso a estrutura de betão de suporte da iluminação de um deles.
Esta degradação que se tem vindo a verificar é causada pelas marés mais altas e pelas condições atmosféricas, aliadas às alterações verificadas na linha de costa de Alburrica – que se acentuaram desde a entrada em funcionamento dos catamarãs – que estão a pôr em risco os moinhos, assim como o caminho que dá acesso a estes.
A Administração do Porto de Lisboa (APL) assumiu as suas responsabilidades no moinho gigante (foi alvo de uma intervenção para consolidar a base), sendo que também deveria assumir no caso dos moinhos pequenos e no caminho, pois as causas são as mesmas.
Caso não se encontre uma solução rapidamente, o Barreiro e os Barreirenses irão ficar mais pobres na sua identidade, no seu património, pois os Moinhos vão ruir e passarão somente a fazer parte das nossas memórias.
Não podemos deixar que tal aconteça. É preciso fazer algo antes que seja tarde demais.
Assim, recomendo que:
Seja feita uma derradeira tentativa junto da APL para que assuma de imediato as suas responsabilidades;
Caso a APL não avance de imediato com as necessárias obras, terá a CMB que equacionar assumir de imediato as mesmas para que o Barreiro e os barreirenses não percam um dos seus símbolos mais importantes.
Foto: CMB
