quinta-feira, janeiro 29, 2009

O meu contributo para a nova Divisão da PSP do Barreiro

As novas instalações da Divisão da PSP no Barreiro foram inauguradas no passado fim-de-semana.
Finalmente encerra-se um processo que teve início em 2004.

O país atravessa uma crise económico-financeira sem precedentes, com consequências sociais complicadas.
Também consequência deste momento (mas não só) é o aumento da criminalidade de forma preocupante, em especial a criminalidade violenta. Os indicadores ao nível nacional são inquietantes, mas são ainda mais preocupantes no Distrito de Setúbal.
O sentimento de insegurança é gritante e priva-nos da nossa liberdade.

Para fazer face ao problema são necessárias respostas globais, ao nível do sistema judicial, prisional, meios humanos e tecnológicos para as polícias, uma mudança de mentalidade de alguns governantes que vise devolver autoridade à autoridade, entre outros.

Os meios das forças de segurança e a motivação dos agentes são, também, importantes.
Ainda há, infelizmente, muitas instalações das forças de segurança obsoletas e degradadas, que não dão condições dignas a quem lá trabalha, nem a quem precisa de recorrer às mesmas.

A entrada em funcionamento das novas instalações permite dotar a polícia de melhores condições para exercerem a sua função. Dignificar as forças de segurança também é melhorar as suas condições de trabalho. Ganham os cidadãos, ganha a segurança.

Em 2004, enquanto Deputado à Assembleia da República, fui alertado pelo Comandante Jerónimo Torrado, na altura à frente da PSP no Barreiro, para as deficientes instalações daquela força de segurança. Estando inicialmente pensadas para um outro espaço, a construção de novas instalações para a PSP Barreiro, teriam de ser construídas de raiz, não se sabendo assim quando seria possível concretizá-las, por falta de recursos do Estado. Foi assim necessário encontrar um outro caminho, igualmente digno para as forças de segurança, mas que permitisse uma solução rápida, quase imediata. Tal solução foi encontrada, após muitas reuniões entre mim, que me empenhei na resolução do assunto, a Governadora Civil, Dra. Mercês Borges, e alguns Governantes. Foi também envolvida, numa fase inicial, a Câmara Municipal. Sensibilizada a Administração da Quimiparque que, diga-se, desde o início se mostrou, neste como noutros casos, totalmente disponível para ajudar a resolver o assunto, foi encontrada uma alternativa. A PSP seria instalada em edifício a recuperar nas instalações da Quimiparque, em termos a combinar entre as partes. O projecto e a obra poderiam ser feitas rapidamente.

Se não tivesse sido pensada uma alternativa e se fosse preciso recorrer somente ao Orçamento de Estado, provavelmente ainda estaríamos à espera de uma solução para o problema, à semelhança do que acontece em outros concelhos.

O meu envolvimento neste assunto traduziu-se não só na ideia de solução, bem como na necessidade de inúmeras reuniões, com avanços e recuos, com as mais diversas entidades, para que o assunto pudesse ser resolvido. Pode, quem não está nos meandros destas matérias, entender a dificuldade da questão, mas não é fácil mudar mentalidades, enfrentar alguns interesses, etc…

Assumi que esta era uma questão prioritária para o concelho, para a população, para as forças de segurança. Entendo que como Deputado tinha, e agora noutras funções continuo a ter, a obrigação de fazer tudo o que está ao meu alcance com vista à resolução de problemas concretos.

Após várias reuniões e tendo sido ultrapassadas diversas questões burocráticas e legais, o então Ministro da Administração Interna do Governo PSD, Dr. Daniel Sanches, veio ao Barreiro, no dia 01 de Fevereiro de 2005, para assistir à assinatura do protocolo, para a criação das novas instalações da PSP. Este foi o impulso decisivo para a criação de um novo espaço digno e com as condições necessárias para os elementos da PSP exercerem as suas funções. Depois vieram eleições legislativas e delas saiu um governo Socialista. O projecto caiu, e só há pouco viria a ser recuperado, nos moldes anteriormente definidos. Demorou mais 4 anos a ser concretizado…

Dei o meu contributo para se arranjar uma solução. Fiz o que estava ao meu alcance para que as forças policiais tivessem um novo espaço e que nesse sentido pudessem servir cada vez melhor a população e o concelho.

Descansem aqueles que, de outros partidos, já estão a dizer mal e a ruminar no seu interior, pois não pretendo receber nenhum troféu – ninguém está na vida política à espera de reconhecimento – mas tenho realmente pena de só ter sabido da inauguração das novas instalações da PSP pelos meios de comunicação social.

Depois do que fiz, gostava, pelo menos de ter sido convidado, como ex-Deputado, ou como Vereador. Mas enfim, a visita de um Ministro ao Barreiro é sempre motivo de festa e desfile para militantes e dirigentes socialistas. Mesmo para aqueles que nunca se preocuparam com tal assunto. E esses foram convidados…

É certo que fiz o meu trabalho, a minha obrigação. Mas quantos passam pelos cargos políticos sem o fazer, ou por falta de capacidade ou pior, por não quererem saber?

Fiz o meu trabalho. Dei o meu contributo. Resolveu-se um problema. A PSP tem novas instalações. Ganhou o Barreiro, ganharam os barreirenses.


Bruno Vitorino
Vereador do PSD na CMB
(*Artigo de opinião publicado no Jornal "Notícias do Barreiro" em 28/01/09)

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Entrevista do Vereador Bruno Vitorino ao Jornal "Voz do Barreiro"

No quadro do actual executivo municipal que balanço faz do trabalho desenvolvido, nas áreas que estão sob a sua responsabilidade?

Durante este mandato, e apesar das restrições orçamentais com que as autarquias se debatem, foi possível traçar na área do ambiente uma estratégica clara, integrada e transversal, visando a sustentabilidade local. Com alguma imaginação e muito trabalho temos vindo a conseguir obter muito bons resultados e sucessos na área do ambiente e da energia.
Nos anos anteriores foi dada pouca relevância a esta área, quer ao nível do Plano Estratégico, quer da educação e sensibilização ambiental.
Anteriormente as preocupações com o ambiente limitavam-se aos espaços verdes e resíduos urbanos. Quando tomei posse existia na Câmara Municipal apenas um grupo de trabalho, tendo posteriormente passado a haver uma divisão, com pessoas e orçamento próprio, direccionada só para as questões ambientais.
O Plano Municipal do Ambiente e o Mapa de Ruído do Barreiro, que se encontra em fase de conclusão, são peças-chave no planeamento estratégico traçado. Estas duas ferramentas são essenciais para a construção de um melhor ambiente no nosso concelho.
Neste quadro, também se insere uma das minhas primeiras decisões enquanto vereador – a candidatura à constituição de uma agência de energia, que foi aprovada e cuja importância é indiscutível.
Estamos a pensar o ambiente de uma forma mais global, mais transversal, procurando construir hoje um melhor Barreiro amanhã.
Ao nível da Regeneração Urbana, responsabilidade que tive somente durante um ano, tenho pena de não ter tido oportunidade de continuar o trabalho que tinha vindo a desenvolver. Muito foi feito em pouco tempo, em especial no Barreiro Velho.

Como considera que é vista a sua acção no executivo barreirense - como um dos vários Vereadores, a quem compete delinear e por em prática as políticas municipais ou antes como "voz da oposição" à actual maioria comunista na Câmara? É (ou tem sido) fácil conciliar estes dois papéis, aparentemente inconciliáveis?

Sou oposição construtiva. Fui eleito para defender os interesses do Barreiro e dos barreirenses. Isso é o que está em primeiro lugar. Não estou aqui, como outros, numa lógica de crítica pela crítica. Faço a análise questão a questão.
Voto contra ou a favor em obediência à minha consciência e na defesa da população.
Mas também não tenho qualquer problema em votar a favor propostas que entenda serem positivas. O PSD não faz política de terra queimada.


Como vê o actual momento que o Barreiro atravessa e os projectos de investimento privado e público no concelho? Estamos no caminho do desenvolvimento da cidade e do concelho ou de um futuro (quiçá) adiado?

O Barreiro não tem sabido ao longo do tempo ter uma estratégia clara que vise a fixação de empresas e consequente criação de postos de trabalho.
A burocracia continua a ser excessiva. Os incentivos são quase inexistentes. O empresário, o empreendedor são maltratados pela Câmara.
Caso se refira ao Fórum Barreiro como investimento privado, temo que as consequências negativas ao nível do comércio local e restauração sejam maiores que as consequências positivas. Vai-se criar mais desemprego a prazo, o que não é compensado pela criação de postos de trabalho precários.
Por outro lado, vai passar a existir um monopólio do estacionamento, porque este passa a ser pago e fica na posse de uma única empresa.
Quanto ao investimento da responsabilidade do poder central, temos cortes brutais ao nível do PIDDAC, ficando adiadas mais uma vez a resolução de muitos problemas sociais, de saúde, desportivos, entre outros.
Caso se refira aos anúncios da ponte, no âmbito do projecto do TGV, a concretizarem-se serão uma janela de oportunidades, mas que não constituem desenvolvimento por si só.
Trazer mais pessoas para o Barreiro é importante, mas desde que a qualidade de vida da população que já cá habita não seja afectada.
De que serve ter nas proximidades grandes investimentos, se não melhorarem, antes piorarem, os acessos à saúde, à educação, à justiça, a uma rede transportes públicos com qualidade, à segurança de pessoas e bens…


Para o desenvolvimento do Barreiro (cidade e concelho) quais as medidas ou politicas que apontaria como prioritárias para consubstanciar esse futuro?

Actualmente, existe uma lógica competitiva entre países, distritos e cidades. O Barreiro não é excepção. Existem muitas cidades a competir com a nossa. Para que possamos ganhar este desafio são necessárias medidas que tornem o Barreiro uma cidade e um concelho atractivos.
Ser competitivo é ter uma ideia clara para a cidade. É tratar com respeito as nossas Pequenas e Médias Empresas. É apoiar e incentivar quem é empreendedor.
Para fixar pessoas é preciso dar-lhes qualidade de vida, bons espaços verdes, uma cidade limpa, acesso à educação, saúde, cultura.
Temos uma zona ribeirinha com uma potencialidade excepcional. É imperativo reaproveitar em pleno o potencial desta zona, valorizando-a para actividades de lazer e económicas, reorientando o tecido empresarial.
Para o PSD o combate à exclusão social, à pobreza escondida é fundamental. Entendemos que é necessário uma política integrada que dê resposta a estas e a outras preocupações, nomeadamente medidas que tornem o Barreiro uma cidade acessível ao cidadão portador de deficiência, bem como a todas as pessoas com mobilidade reduzida.
Pretendemos que o Barreiro seja uma cidade de todos e para todos.

Na actual conjuntura e tratando-se de um ano de eleições, nomeadamente autárquicas, poderemos considerar que 2009 será para o Barreiro e os barreirenses um ano de concretização de obras ou antes o tempo do anúncio de projectos e bonitas ideias das várias forças politicas para esta nossa terra?

Em ano de eleições é natural que se vislumbrem promessas de hotéis, marinas, cidades do cinema. Penso que acima de tudo os barreirenses pretendem uma terra solidária, sem exclusão social, sem zonas degradas, com o seu património natural protegido e potenciado.
São necessárias propostas realistas que incidam na captação de investimento e que, consequentemente, sejam geradoras de emprego e que fixem população.
Não contem com o PSD para propostas utópicas. Não vendemos ilusões.
Neste mandato, apesar de ser visível uma renovação de quadros por parte da CDU e alguma mudança de atitude e de imagem, constata-se que continua a faltar ambição e inovação.
Os preconceitos ideológicos da CDU sobrepõem-se, por vezes, às necessidades do concelho. Um exemplo é o caso da resistência à constituição de uma Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) com o objectivo claro de desenvolver uma estratégia de requalificação de toda a zona do Barreiro Velho.
O PSD é alternativa séria e credível e com ideias claras para a cidade.

O PSD definiu como inconciliável o cargo de Deputado com o de Autarca. Tendo em linha de conta o seu passado na Assembleia da República, a manifesta disponibilidade para servir o PSD mas também o Barreiro, quem poderá ganhar o politico e cidadão -Bruno Vitorino?

Fui Deputado à Assembleia da República durante duas Legislaturas. Trabalhei para o país, nunca esquecendo a terra onde nasci. Tive a oportunidade de influenciar muitas decisões de Governos benéficas para as populações e para o concelho, das quais destaco a solução para a nova Divisão da PSP, as novas instalações da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, a Unidade de Radioterapia e o apoio a muitas colectividades.
Na Câmara também deixo marca de um trabalho que entendo ser positivo nas áreas que me foram atribuídas, em que muito irá ficar para próximos mandatos, sendo útil para esta e outras gerações.
Tenho consciência que cumpri com aquilo que me era exigido e que não desiludi quem em mim acreditou.
Com trabalho e obra feita, espero continuar com esta postura em qualquer cargo que me venha a ser confiado pelo meu partido e pela população.


*Entrevista publicada no Jornal "Voz do Barreiro" em 23 de Janeiro de 2009

quarta-feira, janeiro 14, 2009

“Tens Atitude?” chega a todos os alunos do concelho do Barreiro

Depois de no ano passado ter sido iniciado o projecto “Tens Atitude?” nas escolas secundárias, chegou agora o momento de se estender esta campanha às escolas básicas do concelho, o qual tem como objectivo sensibilizar alunos, funcionários e professores para a necessidade e importância que a recolha selectiva e reciclagem desempenham para a melhoria da qualidade ambiental.

Na apresentação do projecto às escolas básicas, que decorreu hoje na Escola Álvaro Velho, o vereador do Ambiente, Bruno Vitorino, considerou que este “é mais um passo, pequeno mas importante, na mudança de hábitos no nosso dia-a-dia”.


Neste âmbito, o vereador lembrou que as preocupações com o ambiente não se limitam aos espaços verdes e resíduos urbanos, mas sim com toda uma área que é transversal a todos os sectores do município, dando como exemplo aquilo que tem sido feito ao nível da Divisão de Sustentabilidade Ambiental, nomeadamente a elaboração do Mapa do Ruído do concelho do Barreiro, as várias iniciativas envolvendo a Mata da Machada e o Sapal do Coina, a conclusão do Plano Municipal do Ambiente e ainda a criação do Painel Ambiental do Barreiro que irá ser apresentado brevemente, com o envolvimento das empresas do concelho, entre muitas outras actividades. “Estamos a pensar o ambiente de uma forma mais global, mais transversal, procurando construir hoje um melhor Barreiro amanhã” sublinhou.

Sobre o projecto “Tens Atitude?”, Bruno Vitorino referiu que esta campanha está relacionada com uma área que considera ser fundamental – a educação e sensibilização ambiental. “A importância desta acção é ter todos os alunos do concelho envolvidos no processo de reciclagem”.

O vereador do Ambiente salientou ainda que este projecto foi a resposta da Câmara Municipal a um repto lançado por alguns professores que já tinham alguns projectos em marcha nas respectivas escolas e que têm uma preocupação com as questões do ambiente. “Numa altura em que a classe docente é tão maltratada, é importante valorizar o papel que os professores tiveram neste processo”.

Bruno Vitorino destacou também que esta campanha é apoiada pelo Grupo CUF, sublinhando a “disponibilidade imediata da empresa em associar-se à iniciativa, sublinhando a importância dos apoios de empresas para a viabilização deste tipo de projectos”.

Segundo a professora Ana Marques, da Escola da Quinta Nova da Telha, falando em representação dos professores envolvidos no projecto, “os docentes têm vindo a sensibilizar cada vez mais os jovens para a importância da reciclagem”, sublinhando a importância da iniciativa.

Paulo Caetano, do Grupo CUF, afirmou ser “com grande orgulho que a empresa se associa a este projecto”, dado que é imperativo “apostar na formação dos jovens para que no futuro existam resultados”.

O representante do Grupo CUF disse ainda que a empresa está “muito sensibilizada para esta matéria, pois esta é uma prática diária que os nossos colaboradores já fazem há vários anos”.
Para Joaquim Nogueira, presidente do Conselho Executivo da Escola Álvaro Velho, este é um projecto que vai permitir sensibilizar os alunos para que possam, cada vez mais, contribuir para um mundo melhor.

Importa ainda referir que no âmbito do “Tens Atitude?” foram desenvolvidas, até ao momento, 42 sessões de esclarecimento, envolvendo 1100 alunos, 70 professores e 95 funcionários das escolas secundárias do concelho. Esta campanha foi ainda alargada ao Centro Paroquial e Social de Santo André e às corporações de bombeiros do Barreiro.