quinta-feira, junho 19, 2008

Bruno Vitorino desafia construtores a “adoptarem” uma casa no Barreiro Velho

O vereador Bruno Vitorino gostaria de ver os construtores do Barreiro a adquirirem um imóvel na parte histórica da cidade e a reabilitá-lo para posteriormente vendê-lo a preço de custo, promovendo assim um envolvimento dos empresários da construção civil e a própria comunidade na regeneração desta zona.

No seguimento da discussão sobre o Programa de Recuperação Urbana do Barreiro Antigo (PROURB), proposta que foi levada ontem a sessão de Câmara Pública, Bruno Vitorino sugeriu que os construtores do concelho pudessem “adoptar” uma casa neste local.

Esta é uma ideia que vinha a ser amadurecida durante o tempo em que Bruno Vitorino teve a seu cargo a área da Regeneração Urbana, responsabilidade que foi transferida no início de 2007 para o vereador Joaquim Matias no âmbito da reestruturação dos serviços da Câmara Municipal.

“A ideia que queríamos desenvolver, à qual pretendíamos chamar “Adopte uma Casa”, pretendia sensibilizar os construtores do Barreiro a adquirir um imóvel e a reabilitá-lo para posteriormente vendê-lo a preço de custo”, sublinhou o autarca eleito pelo PSD.

Para Bruno Vitorino esta seria uma forma de envolver a comunidade e os parceiros privados numa primeira fase da regeneração da zona do Barreiro Velho.

Na discussão deste ponto, o vereador social-democrata defendeu a constituição de uma Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) com o objectivo de requalificar todo aquele espaço.

“Continuo a defender que a SRU tem um meio de maior celeridade, um sistema com mais capacidade de resposta, com capacidade de endividamento, de procurar parceiros público-privados”, explicou.

Bruno Vitorino acredita que “só tínhamos a ganhar com a SRU”. Apontando também como vantagens o facto dos prazos poderem ser reduzidos, não existindo envolvência de custos, nem transferência de verbas por parte da CMB”.

O vereador lembrou ainda que durante o seu mandato enquanto responsável pelo pelouro da Regeneração Urbana, foram realizadas operações de limpeza ou de demolição de edifícios devolutos e por isso de risco para as pessoas e, por outro lado, foram apresentadas candidaturas ao PRAUD (Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas), das quais ainda não há resposta.

Foi também decidido recuperar os edifícios do antigo Café Barreiro e da Casa da Cerca, sendo que neste último foi envolvido o Agrupamento de Escolas do Barreiro que procedeu à feitura de réplicas de azulejos característicos deste imóvel.

Importa ainda salientar que durante este período, foi analisada e aprovada a baixa de impostos municipais, bem como a redução de taxas e licenças a praticar no Barreiro Velho.

Foram também escolhidos dois núcleos, que marcariam o arranque do processo de regeneração de toda aquela zona, onde se tentaram envolver parcerias com IPSS´s e outras instituições de modo a elaborar candidaturas ao Prohabita, para realojamento de populações carenciadas que estavam a viver em casas em mau estado de conservação, bem como a candidatura a habitações a custo controlado, numa política integrada para jovens casais, no sentido de revitalizar o tecido social.

Desta forma, estava a ser desenvolvido um trabalho integrado e sistematizado com a preocupação de agir aos níveis económico, ambiental, social e do edificado.

A proposta sobre o Programa de Recuperação Urbana do Barreiro Antigo (PROURB) foi aprovada por unanimidade.