Vereador Bruno Vitorino “presta contas”

Bruno Vitorino, Vereador da Câmara Municipal do Barreiro, eleito pelo Partido Social Democrata, em conferência de imprensa apresentou o Balanço do Mandato. O autarca referiu que sempre no exercício dos seus cargos tem procurado “prestar contas”.

Criada estrutura orgânica no Ambiente

Bruno Vitorino sublinhou que na área do Ambiente, “no principio do mandato o ambiente era um parente pobre” e recordou que, ao longo de anos, o ambiente estava apenas direccionado para as áreas de higiene urbana e espaços verdes.
O autarca salientou o facto de no actual mandato ter sido criada uma estrutura orgânica na Câmara Municipal do Barreiro – uma equipa, com orçamento - direccionada para a área do ambiente, dado que, até aqui, apenas existia um Grupo de Trabalho sem estrutura.

S.energia uma estrutura regional

Bruno Vitorino referiu a criação da S.energia – Agência Regional de Energia, inicialmente dos concelhos do Barreiro e Moita, agora abrangendo os concelhos de Montijo e Alcochete.
“Foi uma candidatura feita com os recursos humanos da Câmara” – sublinhou, referindo que este é um exemplo que existem recursos humanos com capacidade.

Há injustiças na avaliação de recursos humanos

Bruno Vitorino, salientou que “há injustiças na avaliação”, na Câmara Municipal do Barreiro.
“A boa avaliação é feita pela cor. Isto tem que mudar. A Câmara tem mudado a cor política, mas o modo de avaliação não mudou” – sublinhou, acrescentando que devem existir – “políticas que ultrapassem esta visão mesquinha, de forma a existirem recursos humanos motivados”.

Estratégia e objectivos foram cumpridos

Bruno Vitorino expressou a sua satisfação pelo trabalho que realizou na área do ambiente.
“Tenho orgulho no trabalho que foi feito, com 1% do Orçamento da Câmara: Fizemos muito com os recursos que tínhamos. Abrimos muitas portas. A estratégia e os objectivos definidos foram plenamente cumpridos” – sublinhou.
O autarca recordou que foi concretizado o Plano Municipal do Ambiente, referiu que o “Mapa do Ruído está concluído e vai ser apresentado até ao final de Outubro”, salientou a criação do Observatório Local para as Alterações Climáticas.

Ultrapassadas barreiras entre as empresas e sociedade civil

“Ultrapassamos barreiras que existiam entre a sociedade civil e as empresas, com a criação do Painel do Ambiente do Barreiro” – salientou, uma estrutura onde participam empresas, Delegado de Saúde e a sociedade civil.
O Programa Interreg e a Conferência Internacional que decorreu no Barreiro foi um projecto que, Bruno Vitorino, recordou como prestigiante para o concelho, com projecção internacional.
Nesta área referiu, ainda, a edição do «Guia Ecológico» e o projecto «Heróis da Reciclagem» que abrange todas as escolas do concelho do Barreiro, Bombeiros e já está a ser alargado as IPSS’s.

Mata da Machada tem estratégia integrada

Sobre a Mata da Machada salientou Bruno Vitorino, que “pela primeira vez tivemos uma estratégia integrada”.
Referiu o autarca que “demos a conhecer a Mata da Machada à região e ao país”.
O vereador do Ambiente, salientou que a Mata da Machada é um importante património natural, mas, também ali existe um espaço arqueológico que deveria ser defendido .
Recordou que foi, recentemente, descoberto um segundo formo de cerâmica.
Bruno Vitorino, referiu como um passo importante a decisão política da Câmara Municipal do Barreiro de assumir a gestão da Mata da Machada.
Sublinhou as acções realizadas pelo Centro de Educação Ambiental, coma realização de ATL’s, visitas, assim como o melhoramento de instalações e construção da ETAR, que, disse, “deveria ter sido construída em 4 dias e já lã vão quatro meses”.
“A Mata da Machada é um pólo de atracção, e, é uma mais valia económica” – sublinhou Bruno Vitorino.

Foram três anos perdidos

Bruno Vitorino referiu a intervenção que realizou na área da «Regeneração Urbana», sublinhando que trabalhou durante um ano, mas – “esta área foi-me retirada pelo presidente”.
“Tenho pena que o Gabinete de Regeneração Urbana tenho sido extinto. O Barreiro perdeu muito tempo e muitas horas de trabalho” – comentou.
O autarca salientou que “desta forma não vamos lá” e não conseguimos “dar a volta ao Barreiro Velho, Bairro das Palmeiras e zonas ribeirinhas, ou as áreas em decadência em todas as freguesias”.
"Foram três anos perdidos.” – referiu. Recordando que aquilo que foi feito – “foi o que deixei pronto para avançar" – Edifício da Casa da cerca e Café Praiense.

Acuso a CDU

“Acuso a CDU de não ter feito a Sociedade de Regeneração Urbana.
Acuso a CDU de ter acabado com o Gabinete de Regeneração Urbana e ter dispensado o Arquitecto Porfírio” – disse.
Bruno Vitorino defendeu a necessidade de existir uma “estratégia integrada para o programa PROHABITA”, assim como uma “estratégia integrada para as Taxas do IMI”.
Por outro lado, recordou que foram elaboradas três candidaturas ao PRAUD, para a iluminação do Barreiro Velho, Largo Rompana e Largo dos Penicheiros, que não foram aprovadas.
O autarca defendeu a necessidade de existir uma estratégia para a área envolvente dos Moinhos de Alburrica, comentando, aquilo que agora foi feito de forma isolada não é solução.

Dizemos não às políticas de terra queimada

Bruno Vitorino, no que diz respeito à acção política que desenvolveu na autarquia, referiu – “dizemos não às políticas de terra queimada”.
Recordou que foi pela sua intervenção que foi denunciada as falhas das candidaturas do QREN e criticou o facto de funcionários da autarquia envolvidos na elaboração destas candidaturas tenham obtido classificações de Muito Bom e Excelente.
“Sobre o inquérito não sei os resultados” – disse.

Contra a extinção do Mercado da Verderena

Bruno Vitorino recordou que votou contra o aumento das taxas de água, com aumentos de 30% - “o PSD esteve contra, o PS só mudou de opinião no final do mandato”.
Sublinhou que foi o único vereador que esteve contra a mudança do Mercado 1º de Maio e criticou o vereador João Soares porque, inicialmente defendeu a mudança.
“Fomos os únicos que estivemos contra extinção do Mercado de Levante da Verderena” – disse.
Criticou o facto de ter sido recusada a proposta que apresentou para que fosse elaborado – “um Projecto Municipal de Promoção de Mobilidade”
“Eles são de esquerda e eu sou de direita” – comentou.
O autarca referiu a proposta de colectividade ecológica que, na sua opinião, contribui para um novo paradigma de apoio ao Movimento Associativo – “criar condições para serem autosustentáveis”.

PSD trabalhou para o Barreiro e pelo Barreiro

“Conseguimos fazer tudo isto com um vereador. Se tivéssemos dois ou três vereadores, imaginem o que poderíamos fazer” – salientou Bruno Vitorino.
O autarca sublinhou que para realizar o seu trabalho – “Houve a atribuição de pelouro e não existiu um minar dos objectivos que traçámos para esta área”.
“Há ideias e há diferenças, mas não houve interferência, trabalhamos sempre em equipa, com respeito pelas diferenças” – disse.
“Nós não fazemos política de terra queimada, isso é para outros. O PSD trabalhou para o Barreiro e pelo Barreiro” – sublinhou Bruno Vitorino.

Texto e Foto: Jornal "Rostos"